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O que você não está enxergando?

Era uma vez um sujeito que se achava a pessoa mais azarada do mundo...


O que você não está enxergando?

Era uma vez um sujeito que se achava a pessoa mais azarada do mundo. Não era bem sucedido no trabalho, não tinha uma família, vivia para olhar as conquistas dos outros e reclamar da sua falta de sorte.

Um dia ele ficou sabendo que existia um sábio “sabedor de todas as coisas” e finalmente resolveu deixar o conforto da sua casa – de onde ele nunca saía – e ir atrás das respostas que tanto almejava, afinal, devia haver um motivo para todo mundo ter mais sorte ou ser mais feliz do que ele.

O homem saiu pelo mundo. Andou, andou, andou, e, depois muito tempo...


Puf!...


Ele esbarrou em uma raposa caída na estrada:

— O que houve com você?

— Ah, moço — disse a raposa chorosa. — Eu tenho andado tão cansada, tão desanimada, não sei o que está acontecendo comigo, sabe? De uns tempos para cá estou sem forças para fazer qualquer coisa. O senhor não quer me ajudar?

— Não posso. Tenho pressa. Preciso encontrar o sábio “sabedor de todas as coisas” e descobrir por que sou um homem tão azarado.

— Existe isso? Um sábio que sabe de todas as coisas?

— Sim, claro que existe.

— Poxa, moço, então quando o senhor encontrar esse sábio pergunta para ele por que eu estou tão fraca assim.

O homem assentiu e continuou sua caminhada. Ele andou, andou, andou até...

Puf!...


Dar de cara com uma árvore decrépita.

— Nossa! Por que você está nesse estado?

— Moço, minha energia se foi de uns tempos para cá. Minhas folhas caem e caem e, no entanto, veja as demais árvores da região. Estão todas frondosas! Acho que estou morrendo... O senhor me ajuda?

— Sinto muito, mas não posso. Tenho pressa. Preciso encontrar o sábio “sabedor de todas as coisas” para me ajudar a descobrir por que estou enjaulado em uma vida tão infeliz.

— Existe isso?

— Sim, claro que existe.

— Ah, então ao menos me faz um favor, moço. Pergunta para o sábio onde posso encontrar a energia para voltar a viver.

O homem assentiu e continuou a caminhada. Por meses ele andou, andou, andou, até...


Puf!...


Se deparar com uma mulher lindíssima varrendo a varanda da casinha em um pequeno vilarejo perdido no meio do nada. A mulher o saudou e o convidou para entrar, tomar uma limonada, bater um papinho. Ele aceitou, afinal estava sedento e uma limonada viria bem a calhar, mas à medida que conversavam, ele ficava cada vez mais encantado com a beleza e modos dela. Chegou até a pensar “Uau! Essa mulher tão linda, gentil e maravilhosa daria uma ótima esposa. Eu poderia me casar com ela, ter filhos e uma família...”.

— Moço, o senhor não quer ficar para almoçar comigo?

— Não posso, infelizmente — respondeu ele, despertando dos devaneios. — Estou com pressa, sabe? Vou atrás do sábio “sabedor de todas as coisas” para descobrir por que sou o homem mais infeliz e azarado do mundo.

— Ah, moço, então pergunta para ele porque tenho me sentido tão triste ultimamente, com vontade de chorar o dia inteiro, achando a vida tão sem graça.

O homem concordou e seguiu seu caminho.

Por dias ele andou, andou, andou e... Finalmente chegou no ponto onde todas as estradas convergiam!

E uma voz vinda do além o atingiu de repente:

— O que você quer?


Oh, era o sábio!


— Senhor sábio, eu vim de longe só para saber o motivo por que sou tão infeliz e azarado. Por que todo mundo têm sorte menos eu?

— As pessoas não têm mais sorte do que você.

— Ah, têm sim. Olhe para elas. Elas têm famílias, dinheiro, estão realizadas em seus trabalhos. E eu não tenho nada disso!

— Meu filho, as pessoas não têm sorte. Elas têm oportunidades. Mas você não pode hesitar. Quando elas surgirem, agarre-as com unhas e dentes porque pode não haver uma segunda chance. Volte rápido pelo caminho que veio e encontre a sorte que deixou escapar.


E, sem hesitar, o homem voltou correndo na velocidade da luz pelo mesmo caminho!


Ele encontrou a mulher bonita:


— O que sábio mandou dizer para mim, moço? — indagou ela ao vê-lo passar correndo.

— Ele disse que o motivo da sua tristeza é solidão. Disse que se um dia algum forasteiro que a agrade bater à sua porta, para a senhora o chamar para dentro da sua casa e da sua vida, casando-se e sendo feliz com ele.

A bela mulher alargou o sorriso:

— Moço, você não quer entrar e ficar um pouco aqui comigo?

— Eu adoraria, mas não posso. O sábio disse que eu tinha que ser rápido para encontrar a sorte que deixei escapar pelo caminho senão corro o risco de perdê-la, sabe? Preciso ir agora. Adeus.


E lá foi o homem caminhando depressa demais até se deparar com a árvore decrépita que agora estava totalmente desfolhada e ainda mais decrépita do que antes.


— Olha, árvore — foi logo dizendo —, o sábio mandou dizer que décadas atrás enterraram um tesouro bem aqui e que esse tesouro está impedindo suas raízes de absorverem os nutrientes da terra. É por isso que a senhora está morrendo.

— Ah, moço! Então arranca esse tesouro das minhas raízes e pode ficar com ele para você, afinal sou apenas uma árvore e não vou precisar de tesouro algum.

— Desculpa, mas não vai dar. Estou com muita pressa. Preciso ir atrás da sorte que deixei passar pelo caminho. Tchau. Tchau.


E lá foi o homem, aceleradíssimo, até topar com a raposa caída na estrada. Ela estava tão magra que dava até para ver o contorno das costelas.


— Ei, moço! — chamou ela com a voz muito fraca. — O que o sábio mandou me dizer?

— Ah, sim — disse ele, interrompendo a corrida. — Ele explicou que seu problema é fome. O sábio disse que você precisa caçar e se alimentar melhor que na mesma hora vai acabar a fraqueza e essa prostração sem fim.

— Hã? Fale mais de perto. O que foi mesmo o que o senhor disse? — indagou ela num murmuro baixinho.

O homem se aproximou para repetir a mensagem e… NHAC!


Moral da história: Quando não enxerga as oportunidades que surgem pelo seu caminho você pode acabar sendo devorado pela situação.


Pois é... Por que eu trouxe essa história?


Porque praticamente todo dia recebo e-mails de colegas me perguntando o que faço para alavancar minhas vendas e ter mais e mais leitores.


E minha resposta é sempre a mesma: com quase uma década na autopublicação digital - entre erros e acertos - desenvolvi estratégias eficientes, estou sempre estudando modelos mais modernos de produtividade, analisando os números, sempre atenta às oportunidades e continuamente me indagando:


- Eu me sinto realizada com os meus resultados?


- Consigo atrair e fidelizar leitores na quantidade que sempre desejei?


- Ficarei feliz se daqui a 5 anos estiver na mesma situação profissional que me encontro hoje?


- Será que, de alguma forma, não estou sendo devorada pela situação do conformismo? De fazer sempre o mesmo e querer resultados diferentes?


- O que eu poderia estar fazendo de diferente?


Dito isso, vale a reflexão:


Que personagem dessa história você acha que se enquadraria?


Que oportunidades você está deixando escapar?


Que situações você não está querendo enxergar?


Lembre-se:


A pessoas não têm sorte. Elas têm oportunidades.


Agarre as suas!


Milhões de beijos e até a próxima,








SmartAutor: Seu livro. Sua arte. Seu negócio.


VAGAS ESGOTADAS!!!



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